Insônia 4
05/01/2010
03:22h
fantasmas rondam
a sacada da casa
perambulam pela madrugada
na penumbra desenhada
pela lua cheia
que já some no negro céu
percorrem os cômodos
à procura de lembranças guardadas
em alguma gaveta velha
escondidas por debaixo de roupas inúteis
murmuram incógnitas
em meu ouvido
gritos agonizantes
que abrem os olhos
e espantam os sonhos comuns
íris cor de mel se apavoram
diante da dança insolúvel
de almas inomináveis
pela janela entreaberta
entram
os primeiros raios da manhã
que afugentam
todos os medos
enraizados
no ventre encolhido
dentro de mim
apenas o desejo
de um dia normal
Comentários
Faz tempo que não venho em seu blog... vc escreve poemas lindos! Fiquei um tempo aqui lendo sua página e cada poema está mais belo que o outro. Parabéns!
Te desejo um 2010 cheio de inspiração e que todos os seus sonhos se concretizem, viu?
Um abraço,
Patrícia Lara
Gostei deste também!
beijocas
Déia