Conflito


Luh Oliveira
11/07/2009

Há um silêncio
ensurdecedor
dentro de mim
na calada
desta noite
sem fim

Barulhos de
carros na rua
e o tic-tac
do relógio
por vezes conseguem
penetrar neste
diálogo incessante
que a cada segundo
torna-se mais
conflitante

Desejos evasivos
invadem pensamentos
que viajam inutilmente
em torno
do próprio eixo

-solitariamente-

Solidariamente
sonhos abarcam
a dor à deriva

resgatam do alto mar
o pulsar desfacelado
pela rotina do desdém

Pela janela
entram os primeiros
raios de sol
que apartam
o cruel duelo
entre meus eus

Comentários

Chris Herrmann disse…
´Há um silêncio
ensurdecedor
dentro de mim
na calada
desta noite
sem fim´

É como todos nos sentimos em algum momento de nossa solidão. Belo poema, parabéns, Luh.

Um beijo,
Chris
Patrícia Lara disse…
Olá, Luh.

Vim retribuir a gentileza de sua visita em meu blog "O Sabor de Nossa Língua".

Tb me linkei, para seguir-te.

Vc tem um lindo espaço aqui. Belos poemas, parabéns!
Tb tenho um outro blog de poesias... passa lá depois para conhecer.

Voltarei mais vezes.

Beijos
Patrícia Lara

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